09/07/2011


Hoje depois de reagir ao meu estado de de preguiça, lá nos decidimos a sair de casa e fazer um programa diferente. Fomos ter com uns amigos à Ribeira e andamos por ali a passear a a redescobrir a minha cidade. O Luís delirou com o elevador dos Guindais e ainda fiz uma segunda volta só para lhe ver o sorriso de satisfação na cara :)
Está diferente, está a ficar a pouco e pouco mais bonita e gostei imenso do que vi. soube-me pela vida este passeio, num dia que alternou sol e nuvens mais tristonhas, sempre com uma temperatura amena...
As fotografias não estão por ordem pois sou naba a fazer estes filmes...lol

Pensamento do dia



"Cada alma é por si só uma sociedade secreta."
Marcel Jouhandeau

ps - E algumas são como as estrelas.... absolutamente inalcansáveis

Bom dia

Uma semana extenuante e um dia chuvoso levam-me a este estado hoje.... :)

07/07/2011

Não há fome que não dê fartura...


Vários meses sem escrever uma linha e de repente lá me veio a vontade de novo :)

Lembram-se do Luís? está agora com cinco anos (faz 6 em Novembro), e ao longo destes tempos o seu crescimento tem sido uma aventura para mim. Começou a argumentação, o feitio vincado, os porquês (ai...tantos e tantos porquês próprios de quem está a conhecer o mundo e nunca fica satisfeito à primeira resposta dada...)...mas vieram também as afirmações, as teimosias, as verbalizações alegres por casa detalhe aprendido... e a confirmação que a genética existe mesmo! E não falo só da aparência mas também de feitio :))))

Tenho aprendido imenso ao longo destes 5 anos, ao tentar explicar as coisas ao Luís, aprendo eu a vê-las de outra forma e é um verdadeiro desafio.
Há também dias cansativos, eles também têm os seus dias maus...nós temos os nossos e encontrar um equilíbrio no meio disto nem sempre é fácil nesta nossa vida de correria hoje em dia. Curiosamente basta um sorriso dele, um xi-coração daqueles que ele dá, uma frase como a que recebi hoje "mãe tinha mesmo muitas saudades" e tudo é recompensado, as correrias, o trabalho extra para podermos proporcionar uma boa educação, as zangas, as asneiras, os castigos,enfim tudo o que só quem é pai e mãe sabe que passa no dia-a-dia...

Mas mais importante de tudo é aprender e confirmar dia após dia o que é o amor incondicional e esse só existe mesmo com um filho.

06/07/2011

Detalhe


s.m. Acção ou efeito de detalhar.


Pormenor, particularidade, minúcia.




É nos pequenos detalhes que está a diferença. São eles que nos mostram o verdadeiro carácter de uma pessoa, tanto para o bem como para o mal.


"Nas grandes ocasiões o Ser Humano mostra-se como lhe convém ser, nas pequenas coisas mostra-se tal como é."

Já não me lembro de quem é esta citação mas acho-a acertadíssima.




Por norma é nos detalhes que mais reparo, defeito não sei se é mas característica é sem dúvida e acompanha-me desde que me lembro de existir. Tenho tanto de despassarada como de observadora e detalhista e tem sido estas últimas que, juntamente com o meu instinto me vão ajudando a "ler" as pessoas.



Tenho tido surpresas fabulosas de pessoas que não contava, e essas surpresas têm aparecido nos tais pequenos detalhes, muitas vezes em momentos nem sempre importantes. Mas ficam gravadas, pela surpresa positiva.



Depois também há aqueles detalhes que surgem e que nos levam a descobrir pequenas mentiras e omissões, que muitas das vezes nem são mensuráveis e absolutamente desprovidos de lógica mas que nos dão uma leitura mais exacta da pessoa e da sua essência.


Por exemplo com os meus amigos mais próximos eu se não me apetece combinar nada, não invento que tenho um qualquer programa ou que estou ocupadérrima, digo-o simplesmente e tudo corre bem. E gosto imenso que façam isso comigo, é uma questão de respeito :).




Tenho assistido a pessoas a mentir "por da-cá-aquela-palha" e não consigo perceber a razão pela qual o fazem...para manterem uma aparência? Para se enganarem a si próprias? Não entendo de todo e como também não me diz respeito uma vez que sou mera espectadora do triste espectáculo não questiono sequer o porquê da atitude...apenas me vou afastando cautelosamente porque quem mente num detalhe também pode mentir numa coisa importante...


E acaba por ser com estes tais detalhes ...que vou fazendo uma selecção natural de quem quero ter por perto.

Perdas



Perdemos hoje uma grande Senhora e acima de tudo uma grande Mulher...Maria josé Nogueira Pinto.

Aventureira, lutadora incansável, defendendo sempre a sua verdade e lutando por ela, assumindo com frontalidade todas as suas convicções.

É de facto uma grande perda para a sociedade portuguesa, então na classe política nem se fala, pois já poucas existirão com o espírito de missão com que sempre se pautou.


Até sempre e um Bem haja por tudo de bom que fez

02/07/2011

Ausência

Ausência...uma palavra tão pouco mencionada e ao mesmo tempo tão presente no nosso quotidiano.
Ausência daqueles que vamos perdendo simplesmente porque a vida não se compadece com a nossa fragilidade de perder os nossos pilares. E ainda por estes dias me passou pelos olhos uma frase de Eduardo Sá
"Nunca se prepara um adeus. Qualquer que seja. Imaginar um adeus não nos habilita a compreender a tontura de sermos apanhados de surpresa quando perdemos alguém. Preparar a despedida não nos ensina a dizer adeus mas, simplesmente, a prevenir todos os remorsos."
Sem dúvida verdadeira esta frase, com uma pessoa que me era próxima (a minha avó), um dos pilares da minha vida, aconteceu-me precisamente isto e nem os remorsos consegui evitar...achamos sempre que poderíamos, deveríamos ter feito mais... mas acabamos por aprender a viver com a perda.

Há também outros tipos de ausências...ausência do tempo em que éramos crianças e a vida estava de portas abertas para nós. Claro que com a idade umas se fecham mas outras se vão abrindo, mas algures fica a sensação de perda de haver algumas coisas que já não nos pertencem ( e não, não estou numa crise de identidade ou idade, a vida é mesmo assim :) )

Há ausências que nos são impostas e ausências que criamos, seja porque razão fôr. As que nos são impostas aprendemos a conviver com elas ( vamos ter um exemplo muito em breve com o nosso subsídio de natal e algumas outras regalias que eram assumidas e que irão desaparecer nos próximos tempos).
Outras acontecem por circunstâncias da vida e o Ser Humano, que tem uma capacidade fabulosa de adaptação, lá sobrevive, redefine os seus objectivos de vida, ergue a cabeça e segue em frente. O grande problema é que por vezes a vida nos passa umas rasteiras e o que já estava assumido como ausente aparece do nada, e aí a confusão fica lançada.
Nós, Seres Humanos, somos particularmente resistentes, no entanto nem sempre estamos preparados para as surpresas que a vida nos reserva, sejam elas boas ou más.

Parei agora e reli o que escrevi e até me rio ao pensar que poderá este texto ser interpretado como uma qualquer mensagem codificada...que não é de todo!!!
É apenas uma reflexão dos últimos tempos, meus e das pessoas que me são próximas.

Mas para chegar ao cerne da questão falo das ausências que tentamos assumir, com toda a sua perda inerente. Assumimos conscientemente determinada ausência, pois no prato da balança com tudo devidamente pesado o resultado é que a ausência é menos prejudicial que a presença. Os primeiros tempos custam sempre, há a dúvida das atitudes tomadas (quem nunca se afastou de um amigo que afinal não nos fazia tão bem quanto mal), há a saudade pelo hábito da presença, pela cumplicidade, pela partilha, etc etc. Mas ao fim de algum tempo conseguimos ultrapassar e seguimos em frente. O grande problema é que este processo normalmente se passa com pessoas que nos são importantes e por isso se de um momento para o outro a outra pessoa reaparece, a complicação é maior, surgem as dúvidas sobre as atitudes tomadas, vem a memória afectiva...todo o investimento feito, e a dificuldade acresce na hora de decidir que caminho seguir, retomar contacto ou afastar e seguir em frente. E principalmente vem a quase certeza de nova desilusão...que normalmente acontece, simplesmente porque as pessoas não mudam, a menos que lhes tenha acontecido na vida algum profundamente fracturante...de resto a essencial é a mesma ao longo da vida e quanto a isso não tenhamos ilusões...mas claro, como Seres Humanos que somos, temos sempre esperança na mudança para melhor.

Já tive os dois casos por isso sou a pessoa menos indicada para aconselhar...a não ser num pormenor....cada vez mais sigo o meu instinto...pois por norma acerta a 300%.E das vezes que não o segui...vim a perceber mais tarde que o deveria ter seguido! Mas claro, nas relações humanas a afectividade na maior parte das vezes não deixa que entre a racionalidade.