14/12/2008

Douro


¿En qué reino, en qué siglo, bajo qué silenciosa
Conjunción de los astros, en qué secreto día
Que el mármol no há salvado, surgió la valerosa
Y singular ideia de inventar la alegria?
Com otoños de oro la inventaron.
El vino fluye rojo a lo largo de las generaciones
Como el río del tiempo y en el arduo camino
Nos prodiga su música, su fuego y sus leones.
En la noche del júbilo o en la jornada adversa
Exalta la alegria o mitiga el espanto
Y el ditirambo nuevo que este día le canto
Otrora lo cantaron el árabe y el persa.
Vino, enseñame el arte de ver mi propia historia
Como si ésta ya fuera ceniza en la memória.
soneto del vino - Jorge Luis Borges


Embora já com o dia a terminar, e porque tenho uma costela douriense (esta fotografia tirada daqui mostra a região de Barqueiros do Douro, precisamente de onde vem o meu avô paterno) não quis deixar passar em claro que faz hoje 7 anos que o Alto Douro Vinhateiro foi considerado pela UNESCO património da Humanidade!

24 comentários:

Marquês de Sade disse...

Apesar de tão mal se dizer do nosso país... Temos locais magníficos!

caditonuno disse...

até me fizeste lembrar o aquapura... muito bonita, essa zona.

já que falas nisso, tenho ali uns rebuçados da régua ue o meu cunhado trouxe a semana passada, mas ainda nao abri o saco. espero que aquilo nao se estrague, pois o natal está já aí e nao queria comer já tudo.

margarida disse...

Viva Portugal!!!!!!!!!!!!!

ana v. disse...

O Douro é uma beleza, e as palavras de Borges ligam na perfeição com a paisagem.
Um beijo

Patti disse...

E é tudo isso mesmo! Passei lá uns dias fantásticos, há um ano e pouco, quando da minha visita às aldeias históricas.
Vou voltar, para subir aquelas arribas maravilhosas de Barca de Alva até Trás-os-Montes.

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Ka,
o meu Bisavô Transmontano vivia do vinho (e não só das uvas) que tirava de terras à Beira-Douro. Isto é que é começar a semana em Beleza.
Beijinho

Ka disse...

Caro Marquês,

Antes d3e mais benvindo ao BDK!

Quanto à maldicência acho que normalmente visa os serviços e não propriamente os locais. Temos a sorte de ter inúmeros climas e paisagens e á maior parte nem sabe o que tem. Basta o simples exemplo de a maior parte das pessoas nem sequer ter posto os pés nos Açores ...

Volte sempre :)
Boa semana

Ka disse...

Caditonuno,

Esses rebuçados duram uma eternidade não te preocupes :))))

Beijinho e boa semana

Ka disse...

Margarida,

Neste caso é mesmo viva o Douro :)))

Beijinhoss

Ka disse...

ana v.

Eu ainda tive na mão um poema de Pablo Neruda mas achei que este assentavam na perfeição :)

Beijinho

Ka disse...

Patti,

Volta lá volta que vale a pena :)

Beijos

Ka disse...

Querido Paulo,

Hmmm costela transmontana? TAmbém tenho uma :P

Eu sabia que tinha de ter aí qualquer coisa familiar :D

Beijinho

Patti disse...

Ai filha, já estou baralhada!
Mas afinal quantas costelas tens tu?

Ka disse...

As mais conhecidas são :

Uma de Alto Douro do lado do Meu avô paterno, uma francesa do lado da minha avó materna e uma transmontana do lado da minha mãe (acho que não me falta nenhuma :P)

Esclarecida????

Patti disse...

Não totalmente, ainda estou a contar...

Ka disse...

E de repente sinto-me quase invertebrada :S

Patti disse...

... 13, 14, 15, 16 ...

Ka disse...

E de repente pergunto-me quantas costelas tenho...das verdadeiras diga-se!

Sabes?

Patti disse...

Mas isto é um blog sério ou quê?

Agora fazem-se perguntas íntimas?

Ka disse...

Isto é um blog de família e são poucos os qe cá vêm :P

E não te apoquentes tanto pois falamos das minhas costelas...mas também podemos falar das tuas se quisers :D

ps - blog sério???? mas isso é o quê?

Patti disse...

Olha é daqueles que não falam das intimidades físicas de cada um!

Pronto vou virar o tema: eu adoro costelas de borrego, das pequenininhazinhas, mas se vier uma de novilho também marcha e já agora também podes mandar seguir um entrecosto grelhado.

Ka disse...

Ai filha com este tempo era mesmo um assado com castanhas acompanhado de grelos salteados em alho e um bom tinto do Dopuro a acompanhar:)

paulofski disse...

Quando se circula na EN108 em direcção à Régua ou em sentido contrário aquele chalé na paisagem relembra o passado fidalgo, mas também o rude, das encostas do Douro, dos meus trisavós, bisavós, avós, pais...


Que bom e merecido post.

Beijo

Ka disse...

Paulofski,

Esta casa era da minha Tia Maria Luísa, irmã mais velha do meu pai. Chama-se Quinta da Vista Alegre e é fabulosa. Foi vendida na altura emq eu a minha tia ficou viuva mas tive oportunidade de a conhecer bem embora já não fosse nossa.
Foi aqui em Barqueiros que conehci o verdadeiro sabor das uvas, motivo pelo qal quase não como as de supermercado :)

Beijinho