25/09/2008

Novo método contraceptivo em Portugal

Muito se poderia falar sobre a contracepção em geral mas não posso deixar de me centrar no ponto mais fundamental: o novo método contraceptivo existente em Portugal: o Aborto fácil.


Digo aborto fácil porque deverá ser com toda a certeza fácil para quem o pratica e repete a experiência.

Cada caso é um caso e há de facto casos dramáticos. Como já disse inúmeras vezes neste blog eu não julgo ninguém. Mas não consigo conceber como é que o aborto é hoje encarado por muita gente como um método contraceptivo. E o mais chocante é que a lei aprovada pela atitude demissionária do povo português leva a que assim seja. É muito mais fácil fazer um aborto que apostar numa campanha de prevenção.

E passado este tempo todo há hospitais onde, no espaço de um ano, mulheres já fizeram 3 abortos! Mandaram basicamente 3 vidas à viola porque o preservativo não dá prazer, porque não estão para se preocupar em tomar a pílula, ou para colocar um Diu (que lhes permitiria estarem descansadas durante 5 anos), porque nem se preocuparam em (já como medida de desespero) tomar a pílula do dia seguinte...não, é bastante mais fácil chegar ali a hospital e fazer um aborto. Afinal até podem ficar um mês em casa a recuperar as mazelas e recebem o ordenado a 100%.

Para mim há vida desde o momento da concepção e não consigo conceber que se acabe com uma vida quando se pode evitar fazê-lo tendo uma vida sexual responsável.

A maior parte das pessoas não tem a noção do que é um aborto e quais as consequências que o mesmo tem para uma mulher normal. Mesmo com todo o apoio médico, familiar e até social, as marcas ficam e elas têm de viver com elas para o resto da vida.

Pena que quem se arrependeu não fale mais do assunto e não tenha um papel mais activo na prevenção.

Nunca conheci ninguém que se tenha arrependido de ter tido um filho, mas já conheci quem se tenha arrependido de não o ter tido...e agora tem de viver com a decisão para o resto da vida.

Porque ...hoje é o dia mundial da contracepção!

32 comentários:

mjf disse...

Olá!
Eu não faço juizo de valores, respeito as opções de cada um.
Esta lei??? concordo com ela, evita que o aborto clandestino, mate mais mulheres, pois acho preferivel que aquelas que optam / ou são obrigadas a abortar, o façam com o minimo de segurança....e sem subsidiar um meio paralelo , clandestino e lucrativo de "abutres", que se aproveitavam da ignorância/ingenuidade de muitas mulheres!!!!

Beijocas

maria inês disse...

Na altura em que se fizeram grandes debates sobre a legalização ou não do Aborto, ouvi, da boca de um dos nossos maiores pediatras a pergunta " mas porquê até ás 18 semanas, uma criança não está em formação desde o momento da fecundação"?!?!?

Deixo-te o link de um filme que gosto muito http://www.youtube.com/watch?v=XOzIUiCpNAM

Um beijo

Patti disse...

É um tema impossível de não mexer com a consciência tanto das mulheres como dos homens. Penso também, que a situação do aborto clandestino em Portugal, chegou a um extremo tão grave que o estado, o governo e os cidadãos se demitiram completamente do tema e qualquer que fosse a lei que viesse a votos, sinceramente iria ser aprovada, para que todos lavassem as mãos.
As condições cem que se faz um aborto clandestino como diz a mjf e muito bem, são dramáticas e completamente assassinas. Mas esta lei só resolve uma parte do problema, continua a haver muita coisa a fazer.
Nunca concordaria que uma mulher com um motivo válido e que recorresse a um aborto clandestino fosse condenada. Há muitos casos que não passam só pela descontracção em fazer-se sexo, pelo esquecimento da pílula do dia seguinte, pelo uso de contraceptivos. Cada caso é um caso. E se vivêssemos no local ideal, as coisas poderiam surgir doutra forma e tudo seria feito com muito mais cuidado e até justiça, para todos.
Depois existe o outro lado, como em todos os temas.
O relaxe com que deixam uma gravidez correr quase até ao limite, por motivos de falta de agenda e pormenores mesquinhos do género e que faz com que abortos clandestinos dos mais criminosos sejam feitos à luz de todos.
Acredito também que a haja muitas mulheres a descontraírem-se muito mais na prática de sexo, que antes, porque hoje é-lhes permitido o aborto, da mesma maneira que outras têm filhos pela sanita abaixo de um qualquer café de esquina.
Infelizmente vivi um episódio a minha vida, em que contactei durante muitos dias com muitas mães e filhos e vi com os meus próprios olhos que uma mãe pode ser o pior ser do mundo para o seu próprio filho! Vi, vivi e assisti, ninguém em contou! Por isso não me espanta nada a descontracção com que se faz um aborto, seja ele clandestino ou não. Aí discordo contigo Ka, nem todas ficam traumatizadas. Conheço casos, não estou a falar por falar.
O aborto clandestino não diminuirá por aí além, é uma questão cultural muito enraizada. O problema vai sempre continuar a existir, porque não abortam só as mulheres das grandes cidades, com uma mente mais aberta, há abortos em todo o país e nos meios mais fechados dificilmente uma mulher por vergonha, por questões de educação recebida, se deslocará a um hospital público para fazer um aborto. Recorrerá sempre a métodos caseiros. E dessas mulheres quem toma conta? Será que acabaram com as campanhas de contracepção, mesmo que praticamente inexistentes que fossem, em locais desses? Quem as convencerá que se engravidarem sem o desejarem, devem ir ao hospital da zona? Mas agora é simples não é? É permitido e já estão informadas, por isso não vale a pena preocupações desnecessárias. Não vão é porque não querem!
E quanto a todas estas mulheres que o continuam a fazer clandestinamente, alguém me explica se podem ser condenadas ou não? Existe assim, uma lei que continua a não ser cumprida por milhares de mulheres e então como agem nestes casos os tribunais? Ficou resolvido com esta lei, o problema do crime?
Para mim esta lei controla uma pequena parte do problema e demite o estado de responsabilidades, mas continua a ser muitíssimo permissiva.

Ka disse...

Mjf,

Desta vez discordamos.(tinha de haver uma primeira :P )
O aborto clandestino continua e continuará a existir ao contrário do que foi apregoado durante a campanha do referendo. E sim continuarão a existir os abutres nojentos a ganhar a vida à custa da vergonha de muitas mulheres que não terão coragem de ir a um hospital e assumir qe qerem abortar

Quanto aos exemplos que dás pergunto-te se esta lei não desprotege casos como os que dizes pois a uma mulher que seja violentada em casa será dito qe vá abortar pois neste momento até é legal. E isto efectivamente acontece. Não considero que seja uma protecção...

Beijocas

Ka disse...

InÊs,

Pois...de repente lembrei-me de "alguém" que chamou Coisa a um feto...
palavras para quê

Beijoca

Ka disse...

Patti,

Antes demais e porque nós as duas já temos alguns kms de conversa sobre este assunto deixa-me só situar este post para quem não me conhece :)

Hoje é o dia mundial da contracepção e a ideia foi alertar que o aborto é infelizmente usado como método contraceptivo por algumas mulheres.

Toda a questão do aborto é muitissimo complexa e a abordagem não pode ser simplista mas tentarei comentar o teu excelente comentário.

Esta lei não chega a sequer a resolver parte o problema, camufla-o, o que é pior pois se por um lado abarca já mulheres que tenham a coragem de ir ao hospital fazer um aborto, por outro lado é de tal forma permissiva que desprotege outras tantas que são agra pressionadas a fazê-lo mesmo não querendo. Pois agora "o aborto já é legal" e haverá pressão tanto em casa como laboralmente para que não haja gravidezes indesejadas (ainda que só de uma das partes).

Quanto à tão apregoada criminalização nunca soube de ninguém que tenha sido preso e se a questão era essa então despenalizava-se o aborto mas não se punha o aborto livre como está neste momento até às 10 semanas sem apresentação de qualquer motivo, muitas vezes só porque sim.
Os motivos quanto a mim válidos estavam já inseridos na lei anterior, inclusivé o motivo economico-financeiro. O grande problema foi o desconhecimento tanto por parte das mulheres como por parte da comunidade médica.
Além disso pergunto-me sempre o que se fará a uma mulher que aborte ás 10 semanas e 2 dias? Já é ilegal? Já tem de fundamentar?

Muitas mães são efectivamente más mães mas essas não desaparecerão por termos o aborto liberalizado. Infelizmente continuarão a existir, como continuarão a existir mães que deitam os filhos pela sanita abaixo numa qualquer WC público (basta que descubram tarde demais que estão grávidas e sem poder recorrer ao hospital).

De facto o problema, coomo quase todos os grandes problemas deste país é cultural e como é cultral não muda com a simples aplicação de uma lei. O estado foi e continua a ser completamente demissionário no que a esta lei diz respeito. Ainda é mais grave num país que precisa desesperadamente que a natalidade aumente e onde nada é efectivamente feito para que isso aocnteça.


E as campanhas de prevenção? Choca-me imenso que o Estado se tenha demitido completamente de as fazer. Assim, com esta atitude demissionária nunca o entrave cultural será ultrapassado....

Beijos

ps - Obrigada pelo comentário apesar de não concordarmos em tudo :)

mjf disse...

Olá!
Eu só posso falar do que sei...e refiro-me á educação para a prevenção de gravidezes indesejadas...
faço parte da APF ( associação planeamento familiar) e muitas coisas estão a ser feitas,
mesmo nos cuidados de saúde primários há um trabalho feito por varias categorias de tecnicos de saude, que falam abertamente com as mulheres e ainda melhor...com os jovens...sobre as varias abordagens do planeamento familiar. Quando se dirigem ao centro de saude para solicitarem a pilula ou preservativos, são -lhe fornecidos ensinamentos, como tomar a lilula, como usar bem um preservativo, como e quando usar a pilula do dia segunite...enfim uma serie de pequenas coisas, que para nós podem parecer basicas...mas acredita que por vezes ficamos chocadas com algumas perguntas que nos colocam...
Mas , já me alonguei, e sei que há muito ainda a fazer na educação sexual dos nossos jovens, mas se todos nos esforçarmos...o Estado somos todos nós...por isso a tarefa á nossa ;=)

Beijocas

Ka disse...

mjf,

Acredito que sim!! Por isso digo que deveria ainda haver mais acções nesse sentido. O nosso problema é cultural.

E agradeço que te tenhas alongado por dois motivos: primeiro porque a ideia é que haja discussão saudável aqui no bdk e a segunda é saber que esse trabalho é feito, dá-nos alguma esperança :)

Beijocas um um excelente dia!

Gi disse...

Quando o aborto é encarado como método nem é contraceptivo, é mesmo laxivo (laxante) sou totalmente contra.
Em casos de saúde, cada caso será um caso.

Liliana F. Verde disse...

Infelizmente, há casos já comprovados de que o aborto está a ser usado como contracepção... em Portugal... Lamentável, muit lamentável.

Liliana Verde.

Ka disse...

Gi,

Claro que sim, cada caso é um caso. Só acho que a excepção não everia ser regra...


Beijinhos

Ka disse...

Liliana,

Bons olhos te vejam por aqui :)

Pois..,é mesmo triste não é?
Beijossss

paulofski disse...

Porque o aborto é um assunto muito polémico e partidário, não sinto o “à vontade” necessário num debate sobre o assunto. Levariam-me a falar sobre questões susceptíveis e delicadas, tanto da vida uterina mas sobretudo da vida social. Tenho uma visão "meio termo" sobre a questão do aborto. Se por um lado sou absolutamente contra que se pratique o aborto como um meio contraceptivo, também compreendo que, por outro lado e nesta sociedade em que vivemos, o que leva a tal pratica, em meio hospitalar ou clandestinamente, é na maior parte das vezes, resultante de um acto de desespero. Aquela mulher que só encontra no aborto a saída para a sua falta de coragem, falta de expectativas de vida, da sua vida, em não permitir a normal gestação do feto, que normalmente não é desejado, pelo menos naquela altura, por aquela razão, falta essencialmente que alguém lhe dê uma palavra de incentivo, de força e encorajamento. Não aceito o acto como pré-determinado, resultante de uma vontade, pensada e calculada. Resulta isso sim de uma falha, a falha sistemática dos: sistema, planeamento, homem pai, sociedade. Só bem lá no fim, no finzinho mesmo poderá resultar por falha da mulher.

Beijinho

Unknown disse...

Na verdade é uma pena o desvirtuar dos conceitos. A vida, a morte, a concepção, a liberdade, a lei, o bom senso, é muita coisa entrelaçada neste tema.
Eu por acaso não tenho a tua opinião. Sou a favor da lei, agora não posso concordar com a banalização do aborto ao poonto de o transformarem num novo método anti-concepcional.
Apesar de pessoalmente, até pelo carácter traumatizante que tem, considerar que muita pouca gente recorrerá ao aborto de forma leviana e banal.
Contudo, também tenho a certeza que nada é perfeito, e que pelo menos, para quem o realizar dentro da lei, fica com a saúde bem mais salvaguardada, e por outro lado, os ‘sapateiros’ que os realizavam mal, a troco de muito, têm agora a vida bem mais dificultada.

:|

beijoca

Pitanga Doce disse...

Ka, eu não sou ingênua e sei que há pessoas e mulheres que são capazes de tudo. Haja visto o que vem acontecendo pelo mundo afora, dos sofrimentos que alguns pais obrigam seus filhos a passar em silêncio, mas olha: fazer do abortoo um método contraceptivo??? Não pode ser coisa de uma pessoa normal. Eu já nem falo em moralidade ou peso na consciência, mas porque é uma violência ao corpo bárbara. É usado uma cânula que fragmenta o feto e depois o aspira. Mesmo que seja usada uma anestesia local, deve doer mais tarde. A mulher deve se sentir remexida , deve corrrer algum líquido, é feita uma curetagem. É a visão do inferno! Como alguém de juízo são, vai querer repetir isso várias vezes? Se nós sabemos que há médicos em hospitais públicos que já não são muito amáveis e delicados quando a mulher está dando á luz no seu tempo normal, imagine numa situação destas? Não pode ser normal a mulher que usa este método para evitar filhos.

liamaral disse...

Sou a favor de cada mulher deva escolher por si própria, isto porque continuo a achar que é preferivel não virem ao mundo do que serem uns autenticos desgraçados, muitos deles maltratados a váriso níveis e até abandonados! Lógico, que para tudo há um limite e não concordo com o facto de algumas mulheres serem completamene parvas ao ponto de não se precaverem!
:) Beijinho

Paula Crespo disse...

Não é justo alguém reclamar-se de ser pela vida. Porquê? Será que os outros são pela morte??...
A questão, quanto a mim, não passa sequer por aí. Não é essa. É evidente que o aborto não é, não deve de ser, um método contraceptivo. É uma solução de recurso, de último caso. E, como já sabemos, cada caso é um caso. Há leviandades? Pois há, como em tudo na vida. Mas não acredito que constituam a maior parte dos casos e não devemos tomar a parte pelo todo.
A tão falada lei que, bem vistas as coisas, não é assim tão revolucionária nem tão radical como se apregoa, apenas pretende diminuir o aborto clandestino, esse sim absolutamente condenável. E digo diminuir, já que erradicar, neste quadro legal, não é possível, precisamente devido às limitações impostas pela lei e a todo um conjunto de possíveis fugas à mesma (lei), que esta própria permite - ex: os médicos podem alegar objecção de consciência e não querer praticar o aborto.
Contracepção é a solução? Claro que sim. Mas devo recordar que á lei do aborto já tinha sido chumbada no Parlamento há uns anos, precisamente com a "desculpa" de que se iria implementar um sistema de educação sexual nas escolas, de uma política de contracepção, etc. Muito bem. Mas tal não se verificou, infelizmente. E, enquanto tal, o aborto clandestino continuou.
Sinceramente, acho que ninguém normal deseja fazer abortos. Ninguém diz: "o que é que eu vou fazer hoje? Sei lá, olha vou fazer um aborto!" E se houver quem o faça, falo-á sempre, com lei ou sem ela. O problema nãoé a lei mas sim a educação das pessoas, a sua capacidade em pensar e agir correctamente.
é por isso que eu penso que bater tanto na lei não leva a nada. Preocupemo-nos antes em criar boas condições sociais, de educação, etc, e, possivelmente, as coisas começaram a mudar.
Bjs

Unknown disse...

Eu sou a favor da escolha, mas uma escolha ponderada e não do "bora lá fazer um..."
Há casos e casos, como tu dizes, o que não acho correcto é a pessoa perder o direito à escolha, afinal lutamos muito para viver numa democracia. No entanto, não concordo que o aborto seja encarado como uma forma de contracepção, isso nunca.

beijinho grande

Safira disse...

É lamentável. É o que me ocorre dizer. A informação sobre planeamento familiar existe. A divulgação do risco de contrair doenças venéreas existe. Não me venham dizer que as pobres desgraçadinhas do Portugal profundo não vêem televisão! Não será com certeza por falta de informação que se engravida neste país. É claro que um azar pode acontecer a qualquer pessoa, mas o que o teu post me transmite é a total e completa desresponsabilização da mulher enquanto ser pensante. Uma mulher que aborta voluntariamente três vezes não é descuidada, é simplesmente estúpida. E, já que estamos numa de ir contra mentalidades, nesses casos porque é que não existe um mecanismo de controlo de historial abortivo e não se faz como no basebol, por strikes. Strike 3, you are out: Laqueação de trompas mandatória.
Parece horrível? Decerto. Mas se calhar poupava-se muita miséria que por aí anda...

Eu votei a favor do referendo porque também entendo que a mulher deve ter escolha sobre o seu corpo, mas confesso que cada vez mais me questiono se muitas das mulheres que sairam beneficiadas com esta lei de facto a mereciam.
Acho inconcebível que isto funcione como os casamentos modernos, em que ainda não está o nó selado e já se diz com ligeireza 'ah, e tal, também se não der agora são só 250 euros e divorciamos pela net'. A abortiva compulsiva (desculpa, 3 vezes seguidas deve ser doença) pensa igual: ah e tal, quero lá saber, entro, até sou capaz de passar à frente de algum doente oncológico, fico internada umas horas e quando muito pago 2€ de taxa moderadora. Pois, de facto as pilulas e preservativos saiem bem mais caros!

Há algo de podre nisto tudo, mas não é a lei, é o culto da irresponsabilidade. E contra isso, linda, há muito pouco a fazer.

Beijo grande

Anónimo disse...

As razões/os motivos que levam uma mulher/um casal a decidir-se por um aborto, não é linear. E a lei não pode incluir só "quem merece" ser abrangido. Mesmo porque as mulheres (que eu conheço), "ª" que o fizeram não deixam de sentir ad-eterno essa decisão: por elas e "por eles"; palavras delas: é sempre um espinho aqui espetado...
Eu entendo que o aborto (a lei e o assunto em si) é assim como a rama dos nabos; o maior problema não é o que se vê mas sim a parte escondida! Tal como há quem aborte porque "correu mal a queca", também há quem aborte por ter a consciência das dificuldades que já atravessa e que se prespectivam agravadas. E não me refiro unicamente às dificuldades económicas!
Eu acredito que se as pessoas sentissem com boas prespectivas e com estabilidade, nunca o aborto teria tido o impacto que teve pois que o número de crianças a nascer seria maior; telvez mesmo muito maior.
Isto é o que eu acho!
E todavia pergunto-me: numa sociedade culta, educada e esclarecida, o aborto não existe?
Ou seja, se algumas vezes é complicado tomarmos uma decisão para a nossa vida, como podemos avaliar outras decisões (de quem nada sabemos)?
Como nunca se diz tudo, é evidente que voltaremos ao assunto, nem que seja no respectivo dia em 2009.
Sejamos felizes
"ª"mulheres cujos homens igualmente preferiam que o aborto não tivesse ocorrido!

Ka disse...

Paulofski,

O assunto é mesmo complicado e neste post apenas queria alertar para o facto ser ser usado como metodo contraceptivo.

Quanto ao resto já sabes a minha opinião ;)

Beijinhos

Ka disse...

Jotabê,

Não concordo quando dizes que os Sapateiros têm a vida dificultada pois o aborto clandestino continua a existir, infelizmente. Há muitas mulheres que ainda têm vergonha de recorrer a um hospital apra realizar um aborto e por isso elees terão sempre clientela.

beijoca

Ka disse...

Pitanga,

Claro que uma pessoa que faça 3 abortos não pode ser uma pessoa normal. Mas agora há uma data de pessoas anormais porque a lei assim o permite :(

Beijinhos

Ka disse...

Liamaral,

Na maior parte dos casos é mesmo uma qestão de prevenção, nada mais. Dá é trabalho mas que dizer...
Os ditos casos qe já foram aqui mencionados e que extrapolam a contracepção são excepções no universo geral dos aborto realizados em Portugal. Além disso já estavam previstos na lei anterior.



Beijinhosss

Xanda disse...

A imagem é chocante, fiquei paralizada diante do ecran, mas pior são mesmo as actitudes "humana".

Bjnhs

Ka disse...

Paula,

Reclamar-se ser pela vida não acho mal, eu faço porque sou e não o faço contra ninguém, faço porque acredito e ponto final.

A certa altura dizes "há leviandades? Sim, como tudo na vida"
Eu aqui digo-te que não posso encarar dessa forma quando estão em causa vidas de seres humanos e quando na maior parte dos casos é puro desleixo.
Quanto ao facto de a lei já ter sido chumbada e ter sido prometido um esquema de educação sexual, uma política de contracepção isso não pdoe ser justificação para haver novamente referendo e a liberalização como ela foi feita. Se essas falhas existiram deve-se exigir que sejam corrigidas e nunca ir pela via mais fácil da desresponsabilização. A opção da mulher com o seeu próprio corpo cmeça no momento da prevenção.

quanto às pessoas que optam por fazer um aborto acredito que existam 2 tipo gerais de pessoas, as que só têm como única solução o aborto, quer pela falta de aopios, ou por desconhecimento, mas que se tivessem hipótese até nem o faria. E há as que não são de todo normais e encaram o aborto como método contraceptivo estando-se nas tintas para o facto de mandarem vidas à viola.

Concordo totalmente quando dizes que a preocupação deveria ser criar condições sociais e de educação, mas isso não chega, deveria estar ao mesmo tempo a ser criada uma política de contracepção e educação sexual nas escolas, já para não falar em apoios a mulheres que estejam grávidas e que precisem de apoio pois dessas ninguém fala.

beijinhos

Ka disse...

Zabour,

Mas olha que acontece...e muito! E daí a ideie de falar nisso no dia mundial da contracepção...

Beijocas

Ka disse...

Safira,

Com a excepção de teres votado sim e eu não apenas digo que me revejo na tua opinião...totalmente!

Beijocas

Patti disse...

Fala-se aqui num comentário, já me perdi onde, que a mulher tem o direito de escolher o que fazer com o seu corpo.
Nada mais certo.
Mas nunca neste caso!

Não é, de todo, só do corpo da mulher que se trata, e sim de outro corpo que já é vida e que não tem qualquer tipo de protecção ou defesa, ou sequer forma de lutar pela sua própria existência. Todos põem e dispõem dele.
Não estamos a tomar decisões com o nosso corpo, mas sim e ao mesmo tempo de outro corpo também!

Este, é para mim o pior argumento do SIM!

Ka disse...

Kok,

Sem dúvida e é um dos pontos que ninguém menciona. Porque é doloroso falar...mas o espinho fica lá espetado.

O outro ponto é como já disse mais acima o facto de ter consvciência que grade parte das mulheres que aborta, se tivessem condições para poderem prosseguir com a gravidez fa-lo-iam e eu pergunto-te porque o estado nada faz por elas e são apenas instituições não govenamentais que funcionam na base do donativo e do voluntariado a fazer...

Beijoca

Ka disse...

Xanda,

Eu sei que a imagem choca, mas a ideia foi perceberem que não é uma coisa, é um SER HUMANO que está ali e que não pode opinar...


Beijocas

Ka disse...

Patti,

Faz-me lembrar a expressão que diz que a nossa liberdade termina onde cmeça a do outro e neste caso isto faz ainda mais sentido pois é uma vida que não pediu para ser concebida mas já o é e tem de ser encarada como tal. A diferença é que ainda não se pode manisfestar...

Beijosss