Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
(Mário Cesariny)
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17 comentários:
Gosto muito de Cesariny, particularmente deste poema.
Bela escolha
Um poema onde não consigo pegar em nada para gozar tem boas hipóteses de ser um bom poema...
Beijocas!
Que saudades, linda!
Beijinho
Tão bem escolhido, este poema, há tanto tempo que não lia nada de Cesariny...
Hummmm já vi que estás a pensar se vais buscar o meu prémio hahaha
Beijossssssssss
PS. Hoje o dia vai ser extravagante LOL
Sim eu sei, que tudo são recordações...
Ah pois é, das boas de preferência!
Obrigada pelo momento!
:) Beijinho
Gostei....
Um beijo,
Muito suave e inspirador...também espero que as nossas estradas sejam sempre radiosas
Beijo
Quando penso em Cesariny lembro-me sempre deste poema, talvez um dos mais emblemáticos dele (e nem por isso vulgar ou menos especial) e onde o poeta relvela a sua destreza nos jogos de palavras (e na ausência delas):
you are welcome to elsinore
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
E de ainda de outro (mas o comentário já vai longo). O que a Ka escolheu não conhecia e é daueles que, sentido, faz todo o sentido.
Beijinhos, boa semana e bons poemas
Belo poeme sim senhora.
Beijinho grande
Muito bonito, até dá vontade de to pedir "emprestado" para uma dedicatória que farei em breve.
Beijos.
Há muito que não lia nada do Mário Cesariny: obrigada Ka, obrigada Paulo!
bjsssssssssssss
(eu, se fosse a ti, não deixava que o ski te gamasse o poema!!!!)
É sempre um prazer vir ao teu Blog, querida Ka, pelos belos poemas e textos que sempre tens para nos presentear :)
Beijinhos doces e tem um excelente dia, apesar deste tempo farrusco ;)
Bela forma de começar o fds!!
Beijocas
Ok, obrigado.
Na verdade já estava um pouco esquecido de algumas das estradas. Fizeste bem em lembrar-me. Aliás nem eu estava à espera de outra coisa de ti. Estás a tornar-te no meu pêndulo, no meu despertador amigo.
:)
beijocas
E cá estou eu de novo!:)
E já vou de novo!:)
Bom fim-de-semana, beijocas***
Caros amigos,
Muito obrigada pelos comentários e desculpem só hoje responder!!!
Beijinhos e um excelente fim-de-semana a todos :D
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