O argumento que os que defendem o aborto livre nunca rebatem, pois tenta negar a sua existência, é o facto de a nossa lei ser igual á lei espanhola.
Chamo a atenção para o nº 1 do Artº 142 do código Penal, especificamente a alínea a) que diz:
Chamo a atenção para o nº 1 do Artº 142 do código Penal, especificamente a alínea a) que diz:
“1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;”
e o nº 2 que diz:
“2. A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.”
Afinal o que nos diferencia de “nuestros hermanos” é ...
NADA pois eles têm exactamente esta lei.
Uma mulher que apresente os tais sintomas de grande angústia e depressão, que fazem bandeira dos argumentos do “sim” pode, havendo certificação médica por parte de um psiquiatra, recorrer á interrupção voluntária da gravidez.
Logicamente que esta certificação de consequência psíquica para a mulher não é feita de ânimo leve.
E aqui está o grande problema, pois o que o Sim realmente quer é tornar o aborto livre, que possa ser usado como a mulher muito bem entender, seja como método contraceptivo, seja porque não dá jeito, seja apenas porque sim.... e sem ter de passar por qualquer tipo de avaliação médica.
E aqui está o grande problema, pois o que o Sim realmente quer é tornar o aborto livre, que possa ser usado como a mulher muito bem entender, seja como método contraceptivo, seja porque não dá jeito, seja apenas porque sim.... e sem ter de passar por qualquer tipo de avaliação médica.
5 comentários:
Não resisto a perguntar.
ACREDITA MESMO que a decisão de um aborto se toma mesmo de ânimo leve?
Já agora, se não se importar de me esclarecer, gostava mesmo de saber de forma clara e sucinta a sua posição contra o aborto clandestino (estou-me a referir àqueles que se aproveitam do desespero da mulher, sacam-lhe dinheiro e enfiam-lhe um ferro enferrujado nas entranhas) e qual é que acha a melhor forma de combatê-lo?
E já agora, diga-me se não for pedir demais, se não é desumano e de um desrespeito enorme pela mulher, empurrá-la para esse tipo de abortos ao contrário de uma decisão segura, ponderada e aconselhada?
Cara Marta,
Sei que a decisão não se toma de ânimo leve na maior parte dos casos. Mas é só na maior parte e não em todos pois também sei que muitas das pessoas que defendem a liberalização usarão o aborto como método de contracepção.
Quanto ao abrto clandestino verá a minha posição num post á frente.
Qunto á sua última questão Marta nao posso concordar pois acredito que toda esta questão começa num momento anterior ao qual a MArta se "agarra". Começa no momento em que temos uma vida na qual devemos ter responsabilidade pelos nossos actos.
Hoje em dia existe toda a informação para que as pessoas possam ter uma sexualidade consciente e responsável, e ao contrário do que muita gente defende, sei que ter este tipo de sexualidade não a torna monótona. Mas mesmo havendo uma distracção, a pessoa tem ao seu dispôr a pílula do dia seguinte.
Marta Acredito sinceramente que se a liberalização passar, estarei sim a empurrar as mulheres para o aborto. O Aborto será visto como a única solução, perante a pressão do namorado/marido/companheiro que não queira assumir a criança, perante a entidade patronal que dará a entender não renovar um contrato, etc
PS - Julgo que já trocamos comentários noutro blog e há uma coisa que me incomoda, é a raiva que demonstra por pessoas como eu, a sua forma de fazer perguntas é agressiva... e não percebo porquê
Ka:
Antes de mais peço desculpas se demostrei agressividade. Não é de todo intencional. Este asssunto mexe imenso comigo e irrita-e profundamente, por isso é normal, de vez em quando sque se seja menos educado.
O que é que acha que acontece hoje, com o aborto crminalizado, quando a mulher se encontra perante pressão do namorado/marido/companheiro?
As mulheres fazem-no na mesma. Nenhuma lei obriga a que uma criança tenha pai, só o nome.
Acho que toda a gente sabe, e a Ka também sabe,pois ha o referiu, que o aborto clandestino há-de continuar.
Se o NÃO ganhar, esta há-de ser a única forma que uma mulher tem de abortar. Isto não é empurrar mulheres para a carniceira do vão de escada?
A maioria dos abortos clandestinos são feitos nas primeiras 10 semanas cera da de 70 por cento. Se o SIM ganhar esta poderá ser a percentagem de mulheres que será informada/aconeselhada antes de abortar,mas se insistir em fazê-lo porderá fazê-lo em condições dignas.
Marta,
O facto de o aborto ser livre levará as mulheres a ver como Unica Solução. Neste momento a lei defende quem quer levar uma gravidez por diante.
Quanto ao aconselhamento, nada está garantido que ele haverá. Essa ideia foi apenas mencionada e nunca dada como garantia se a liberalização passar.
Posso também dizer-lhe que muitas das mulheres que vão a centros de apoio á vida, optam no fim por abortar. No entanto são aconselhadas e informadas.
Como vê esse trabalho já começou e por parte de quem defende o não neste referendo.
Não só por parte do Não. Isso e arrogância do não, ue se acha detentor de todos os valores morais.
O aborto livre não é a única solução para ninguém! Diga-me, se o aborto fosse livre abortava? Aposto que não! E porquê? Porque tem cabecinha e pensa.
A despenalização do aborto não faz com que este seja obrigatório.
"Posso também dizer-lhe que muitas das mulheres que vão a centros de apoio á vida, optam no fim por abortar. No entanto são aconselhadas e informadas."
Diga-me, acha que estas mulheres merecem fazer um aborto num vão de escada? E que depois merecem enfrentar a barra dos tribunais com a ameaça de cadeia?
Por favor, diga-me sinceramente!
Marta
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