Foi com um sorriso na cara que ontem me fui deitar!
Ontem houve mais um debate no Prós & Contras,. Digo mais um pois este soou a encomenda...
Fiquei ontem com a certeza ainda maior do que acredito, isto é, que a vida deve ser defendida acima de tudo. Está em causa um ser humano que não pode ser exterminado só porque sim, sem haver qualquer tipo de defesa para ele.
Os elementos do Não conseguiram explicar muito bem qual é o conflito que existe para não se aceitar a liberalização do aborto. Não se pode retirar a protecção a um ser humano só porque somos o elo mais forte.
A postura da plateia dos "sins" teve mais uma vez um comportamento de falta de respeito pela opinião alheia, principalmente se ela era dissonante com o que pensam. Riram, interrompreram, "mandaram umas bocas"(desculpem a linguagem) e tentaram abafar quem falava. ainda bem que um dos intervenientes que defendeu o não, Dr. Anacoretta Correia, chamou logo de início a atenção para esse facto.
Na plateia do não o mais que pudemos ver foram algumas caras de desagrado a coisas que estavam a ser ditas pelo sim, mas ficaram por aí... conseguimos transmitir aquilo que somos: plurais, com respeito pelos outros mas acima de tudo com respeito pela vida.
Assiti ao desnorte dos elementos do sim nas suas argumentações. Foi visível o nervosismo final.
Não me congratulo com as desgraças alheias mas sim com o facto de saber que ontem, quem teve oprtunidade de ver o programa, ficou esclarecido que o Não é realmente a opção mais consciente, responsavel, humana e de respeito pelo próximo.
Dia 11 de Fevereiro Vote NÃO!
13 comentários:
Ka:
E o respeito pela vida, inteligência e descernimento pela vida que vai dar à luz a outra vida?
O que é que passa pela sua cabeça a dizer um aborto porque sim? Acha que só o NÃO é que tem discernimento entre o bem e o mal? Acham que vocês é que devem decidir quais os motivos razoáveis para uma mulher abortar e quais os não razoáveis e a mulher, ela própria, não tem nada a dizer.
Olhe sabe o que eu acho? Acho que a Ka sabe bem que o que está em questão não é a liberalização, mas sim a despenalização. E esse tipo de argumento é um argumento mentiroso que está a enganar muita gente.
Marta
P.S.: Sei que já deve estra farta de me aturar, mas não consigo deixar de discutir esta questão. Porque para mimé muito importante que se faça alguma coisa e que acabe este tipo negócio.
Marta,
Mais uma vez as suas palavras carregam um tom irritado.
O respeito por quem vai dar á luz deve começar a ser praticado nos seus actos quotidianos. É curioso haver muitas mulheres que nunca têm os ditos azares e depois haver outras que têm 2 ou 3, porque será?
Ao contráriod o que a Marta conlui eu tenho a certeza de que o que se trata é do aborto livre até ás 10 semanas e para isso não contem comigo.
Tenho a certeza de que há casos dramáticos mas devemos dar uma resposta construtiva e não oferecer um aborto e ponto final.
A Marta acredita mesmo que não haveria mulheres a usar o aborto como meio contraceptivo caso o sim ganhasse?
Quanto á questão ela é demasiado importante para mim para eu me descartar dela apenas oferecendo um aborto!
Aborto livre é o que existe hoje... uma mulher decide abortar e vai abortar, sem qualquer especie de acompanhamento.
O argumento da liberalizaçao do aborto, é um argumento mentiroso, o que está em causa é a despenalizaçao da mulher. Quanto a ser por opçao da mulher, haveria de ser por opção de quem???
Viva Ka, volto para argumentar um pouco mais...
antes de mais, e corro o risco de ser mais uma vez repetitivo, o que está em causa é a despenalização da mulher e não a liberalização do aborto, aquilo que vocês têm vindo incessantemente a incutir nas pessoas indecisas.
aqui está em jogo muitos aspectos que devem ser discutidos à luz da razoabilidade de discurso. ganhando o não, continuamos a ter mulheres, com possibilidades financeiras, a irem abortar a espanha e as mulheres, com menos posses, a fazerem abortos em salas de "vão de escada" e tu sabes isso muito bem!!
outra questão é o direito de opção da mulher... quer dizer que uma mulher engravidando, o seu corpo passa a ser património do "estado"?.. terá de ter o filho pk é obrigada por lei? ela não tem direito a escolher o que é melhor para ela.. e não me venham com essa história do "já há vida dentro dela" pk mesmo essa questão nem os próprios médicos e cientistas conseguem definir onde começa a vida... e outra coisa... (sem te querer ofender ka).. por essa ordem de ideias então se devia ter um filho sempre que haja uma violação ou que o feto tenha algum tipo de deformação.. pk não deixa de ser vida.. ou deixa? sendo fruto de uma violação, o feto deixa de ser vida? acho q não..
um abraço amiga ka
Olá, Ka. :)
Eu tenho outro blog (generalista; não relacionado com o aborto), que é o www.relapsias.blogspot.com.
Mas é pouco mais que uma série de pensamentos soltos e poucos relevantes. Estou numa fase de pouca inspiração; em que sobra também pouco tempo para pensar nas coisas mais a fundo (tentei abrir excepção no razões do não).
Ka:
Eu só gostava de perceber onde é que a Ka vê a liberalização onde eu vejo a despenalização.
E não acredito que as mulheres façam do aborto método de concepção, devido aos traumas físicos e psicológicos que um aborto acarreta.
Se eu não o faço, se a Ka não o faz, se as mulheres que eu conheço não o fazem, estatísticamente não posso pensar que as mulheres o farão.
Marta
Caro Confratis,
Folgo em ver-te de volta aos comentários embora não possa concordar com a tua argumentação.
Relativamente à despenalização apenas te pergunto o que falta para ser liberalização total até ás 10 semanas? è o facto de ser em estabeleciemnto autorizado?
Desculpa mas não concordo pois o que está em causa é que se o sim passar, o que é uma excepção passará a ser um direito adquirido da mulher.E não é justo o direito de um ser humano sobre a vida de outro.
Eu não passo um cheque em branco principalmente porque está uma vida em jogo que é a do filho não desejado (embora não desejado nunca deixa de ser filho).
Não tenho a arrogância de dizer que todos os casos são iguais mas acho sinceramente que se pode despenalizar sem tornar livre como querem fazer.
Quanto ao facto da violação, embora não tenha a ver com o caso pois já está previsto na lei actual, considero que é uma excepção o que é muito diferente de ser regra. As razões que levam a que já esteja prevista na lei é o caracter excepcional deste caso.Claro que continua a vida do filho não desejado em jogo no entanto a agressão a que a mulher foi sujeita tem um carácter tão excepcional que só mesmo ela poderá decidir o que fazer.
Eu não considero que "um azar" tenha carácter de excepção pois acho que pode ser prevenido.
Ainda não tive tempo hoje mas vou tentar explicar melhor num post o que penso.
Um abraço amigo confratis
CAro /me,
Ainda bem que me vieste visitar! Fico contente por saber que tens outro blog e claro que farei umas visitinhas.
Obrigado mais uma vez pelos teus artigos durante esta campanha pois revi-me em grande parte deles (não digo todos pois não me lembro de cor e assim fica a ressalva de algum pormenor com o qual eu não tenha concordado)
MArta,
á 1ª parte da pergunta já está respondida no que escrevi ao Confratis.
Quanto ao facto de a MArta e eu não usarmos o aborto como método de contracepção, mesmo juntando todas as nossas amigas nós não somos representativas do universos daas mulheres portuguesas.
Durante esta campanha tenho falado com muitas mulheres (principalmente no BdN) que me dizem já terem feito abortos e continuarem a fazerr se fôr necessário. É precisamente por pessoas destas que eu voto decididamente não! Eu sei que custa a acreditar mas existem e assumiram que para elas é legítimo decidirem não ter um filho se não lhes fôr conveniente.
Ka:
Desculpe mas não respondeu. Se achas que esta pergunta leva à liberalização, qual acha que deva ser a pergunta?
Acha legítimo impor um filho a quem não o quer? Acha que daó advém algo de bom? Para a mãe e para a vida do filho?
Marta
MArta,
Em 1º lugar acho mesmo que não devia haver pergunta.
Há formas de se despenalizar e a já apresentada pela Drª Rosário Carneiro bem como esta última revejo-me nelas pois não acho que deva haver despenalização total. Acho que deveria haver uma avaliação para cada um dos casos. Por expl não aceito de maneira nenhuma que uma mulher seja reincidente em abortos e por mim seria penalizada.
Acho ilegítimo impôr ao filho que não vai viver só porque não se quer, só porque ele é o elo mais fraco.
Marta reparo que passa ao lado do que escrevo quando os argumentos lhe faltam como por expl o meu último comentário.
Desculpem "meter o nariz" na vossa conversa.
Quando a Marta diz:
«Acha legítimo impor um filho a quem não o quer?»
está a considerar implicitamente, julgo eu, que no útero da mãe está uma vida, uma criança a crescer.
Se assim é, desculpe, mas com todo o respeito como pode colocar essa pergunta?
Se é uma vida, se é um filho como muito bem diz, como se pode pensar em eliminá-lo?
Quantos de nós temos a certeza que fomos desejados? e no entanto vivemos o nosso dia a dia, com alegrias e tristezas, às vezes até mais tristezas do que alegrias.
Sei por experiência da minha vida os terriveis traumas, problemas que as mulheres que abortaram acabam por viver, a maior parte das vezes alguns anos depois, por isso, apesar de tudo creio ser melhor para a mãe ter o seu filho, embora com dificuldades, do que fazer um aborto.
Verdade é que o Estado pouco ou nada faz para ajudar as mães com dificuldades.
ainda recentemente o Dr. Pereira Coelho, considerado o "pai do bébé proveta" português dizia ser inconcebivel que o Estado quisesse pagar os abortos e não apoiasse o tratamento dos casais inferteis.
Para mim e lógicamente não quero impor a minha convicção a ninguém, a vida é inviolável, e um feto com 10 semanas ou desde a concepção é uma vida humana e que por isso deve ser protegida.
Abraço
Joaquim,
Ainda bem que volta ás suas visitas aqui ao blog!!
O seu "nariz" é sempre benvindo. :) só tenho pena de ter não poder ficar mais tempo on-line mas hoje estou sem tempo.
Até amanhã
Abraço
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