27/03/2007

O passado, o presente e o futuro

Acabei de ver um programa acerca da evolução do modo de vida desde os anos 60 até aos dias de hoje.

Realmente o nosso modo de vida modificou-se muito, sendo que a sensação que tenho é a de andar sempre a correr de um lado para o outro.
Esta nossa correria diária é, por um lado, inevitável pois tudo se passa e se vive de uma forma mais imediata. No entanto, n0 meio desta correria onde todos andamos, consigo distinguir pessoas que conseguem gerir o seu tempo de forma a saborearem os pequenos prazeres que a vida nos oferece.

Penso que isto também é uma questão de educação, de hábitos. Basta pensarmos como eram as gerações anteriores a nós...viviam as coisas de uma forma mais pausada. Se bem que podemos dizer que também tinham mais tempo, acredito também que o faziam pelo hábito, pela forma como foram ensinados a viver.

Penso muito nisto pois lembro-me da minha avó, já na sua velhice, sempre bem disposta, e que me dizia que a razão da sua boa disposição era a sua vida ser feita de recordações.

E nestas alturas penso o quão importante é sabermos viver para mais tarde podermos ter essas recordações.

Olho para meu filho e sinto que tenho também essa responsabilidade acrescida: ensiná-lo a aproveitar bem a vida...o que lhe aparece como presente dia após dia e não viver apenas de sonhos num futuro longínquo.
Se por um lado é vital sonharmos e termos projectos, nunca devemos fazer do sonho o nosso modo de vida senão chegaremos ao fim desta vazios de conteúd0 e a questionarmo-nos porque razão desperdiçamos tanto tempo.

O tempo mais precioso é o do momento presente...o segredo está em ter consciência disso e saber aproveitá-lo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Inteiramente de acordo. Até porque não vale a pena sonhar, neste país de m...

[O FineTune está quase. Falta apenas colocar uma imagem no perfil da Ka, que vai aparecer quando se baixa o 'user profile' naqueles botõezinhos do lado esquerdo, que depois deixam seleccionar as 'playlists'.]

Um Xi da Porca

Rui Martins disse...

na verdade, acho que o tempo hoje corre mais depressa do que é possível para o Homem vivê-lo. O tempo exterior é mais acelerado que o interior, e deste desfasamento resultam muitas neuroses e psicoses, individuais e sociais.

este é sem dúvida o maior problema da nossa época: um ritmo da mudança que não cessa de aumentar, agindo contra o Homem (que devia servir) e fazendo de todos nós criaturas stressadas e desgatadas por uma época cada vez mais acelerada...

Ka disse...

Amiga Porca,

Vou tentar mais uma vez (da última até correu bem..hehe)

Ka disse...

Rui, Claro que o tempo corre mais mas também com a nossa ajuda. Cabe-nos a nós, se quisermos aproveitar um bocado a vida tentar contrariar isso por vezes. Ás tantas é melhor fazer menos coisas mas fazê-las com mais prazer!

Mas concordo inteiramente contigo quando dizes que o tempo interior é completamente desfazado do tempo exterior e que isso leva a muitas neuroses.