24/01/2007

As consequências do grande equívoco

“(...) dizem os mais variados estudos de opinião, a maioria dos concidadãos aos quais choca (...) a penalização da mulher que voluntariamente aborte, mais chocados ficam com a possibilidade de liberalização total do aborto, ainda que verificado no mesmo período de tempo, que, expressamente, repudiam.
Ou seja, não será cometer qualquer falta de rigor se afirmarmos que uma larga maioria das pessoas que se dispõem a votar SIM, porque não querem a penalização da mulher, nunca o fariam se tivessem a noção exacta de que do seu voto resultava muito mais do que isso: a legitimação do direito ao aborto, despido de qualquer censura ética, tornando-o numa conduta lícita que, por exemplo, impede a condenação criminal de quem incentivar, obrigar ou favorecer a mulher à prática do mesmo.“
José Pedro Aguiar-Branco, advogado, deputado do PSD, ex-Ministro da Justiça


Post retirado do Blogue do Não

1 comentário:

joaquim disse...

Realmente quem "descobriu" a formula da pergunta está de "parabéns", porque conseguiu baralhar de tal maneira as coisas, que para se votar sim a uma coisa que poderá ser justa, tem que se votar sim numa perfeitamente injusta.
Que alguém dum partido o tenha conseguido, não é de espantar, de espantar é que o Tribunal Constitucional tenha deixado passar tal aberração, ou melhor, tal enunciado de falsidade.
Abraço