Em relação ao referendo existem um vasto grupo de pessoas no nosso país que estão completamente alheadas da questão do referendo, nem sequer sabem em que dia é o referendo, e muito menos a pergunta.
Penso que o alheamento destas pessoas se deve, na maioria dos casos, ao facto de não acreditarem que a sua participação tenha qualquer tipo de validade. Não acreditam poder fazer a diferença e portanto alheiam-se e vão á sua vida.
A estas pessoas dou-lhes o exemplo de um conjunto de cidadãos franceses que este fim-de-semana, em Paris, fizeram uma marcha a favor do "não ao aborto".
Reparem que não terão uma participação directa, isto é, não vão votar...
Então o que será que move estes cidadãos franceses? Penso que são essencialmente dois motivos.
O 1º é poderem falar com conhecimento de causa acerca das consequências devastadoras da liberalização do aborto. Eles já têm o aborto liberalizado á 30 anos e sabem, melhor do que ninguém, que os argumentos esgrimidos por quem defende a liberalização são totalmente falsos.
o 2º motivo é o facto de sentirem que, enquanto cidadãos europeus, poderem fazer a diferença. Eles sabem que pelo menos algumas pessoas prestaram atenção ao que disseram e que por isso já valeu a pena.
Quem estiver a ler este texto estará neste momento a perguntar-se porque o escrevo...
Escrevo porque acredito sinceramente que se a nossa sociedade não pensasse e agisse apenas a nível individual, sem ter em conta um bem comum, de certeza que a liberalização não passaria.
Concordar com a liberalização do aborto é uma forma cómoda de um se demitir da sua responsabilidade. É uma suposta forma de resolver pela vida mais fácil, um grave problema.
Tenho ouvido muitas respostas de quem não quer pensar em resolver este problema de uma forma responsável e consciente:
"não concordo com o aborto mas a mulher deve poder optar"
"não tenho nem tenciono ter filhos portanto não vou votar"
"não tenho tempo para pensar nesse assunto pois o aborto vai continuar a existir..."
E mais um sem número de exemplos que já estou cansada de ouvir.
Gostava que todos soubesssem que podem fazer parte da solução.
Podem fazer parte da solução ao participar no referendo, apostando na vida,
Podem fazer parte da solução ao exigirem ao estado que não vá pelo caminho mais fácil mas sim pelo mais responsável,
podem fazer parte da solução tendo um papel mais activo na construção de opções para quem está numa situação difícil e não encara o aborto como solução,
Nada é impossível e a solução está nas nossas mãos!
É só ter coragem para deitar mãos á obra!
Comece no dia 11 de Fevereiro e VOTE NÃO!
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