Sorriso Audível das Folhas
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Porque...sim :)
6 comentários:
Bom dia, apesar de já ser de tarde! Realmente, encontraste uma óptima maneira de começar a semana, obrigada pela mensagem de optimismo.
Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.
Eugénio de Andrade
boa semana para ti
Fada,
Ainda em que gostaste :)
Beijinho e boa semana
Inês,
Esse tenho-o já aqui em Outubro do ano passado pois gosto imenso dele.
beijinhos
Querida Ka,
este poea de Pessoa lembrou-me um texto de João Penha, em que conta como um Salgueiro de Coimbra (Sylvia) se apaixonou por ele. As relações entre vegetais e humanos têm que se lhes diga.
Beijinho
Caro Paulo,
Já agora se me poder dizer onde encontrar sempre se vai aprendendo mais um bocadinho :)
E falando em vegetais de repente lembrei-me de Giuseppe Arcimboldo com o retrato feito com vegetais...
Beijinho
ps - acabei de ter uma ideia para um post...hehe
Enviar um comentário