As nossas condições de saúde...

Este fim-de-semana começou para mim com uma ida ao hospital na sexta-feira à noite por uma meu filho estar com bloqueio das vias respiratórias, crupe como lhe chamam no hospital, mas trocado por múdos é uma laringite das agudas.

Mas a razão do Post não é falar da saúde do meu filho mas sim das condições de saúde que temos, pelo menos aqui no norte.

O Hospital de S. Jão, aqui no Porto é A Urgência Pediátrica do norte do país, significa isto que não existem alternativas na saúde pública para atendimento de crianças em situação de urgência.

Pagando eu um balúrdio de impostos, recebendo um esmola ridícula de abono de família, ainda por cima tenho como moeda de troca um hospital sem condições absolutamente nenhumas. Bem sei que dizem que vão fazer obras mas o já o diziam no início deste ano e tudo continua igual. Aliás se eu tivesse ido sózinha com o meu filho não pderia entrar com o carro nos hospital até à entrada da urgência, teria de estacionar cá fora, bem longe, e fazer a pé o caminho todo.

As pessoas que estão na recepção, uma dormia e ficou bastante chateada com uma mãe que a acordou para pedir uma informação e a outra estava a fazer umas colagens para crianças quando eu quis fazer a ficha para o meu filho entrar...lançou-me um olhar furioso como se eu não pudesse ter escolhido precisamente aquele momento para interromper tão importante actividade.

A sala de espera, suja o chão imundo, muitos pais como nós aflitos com os seus rebentos tentando protegê-los do que afectava todos os outros que lá estavam naquele momento, tal como tentei eu fazer no tempo que lá passei. De facto foi a primeira vez que lá fui e que o meu filho não trouxe mais nada de bónus. A forma como as casas de banho eram limpas ilucidou-me bastante acerca da higiene das mesmas. A auxiliar chegou lá, correu o autocolismo e assinou o papel que atetava que tinha estado lá limpar.

Finalmente entramos e fomos atendidos por uma médica dos seus 20 e poucos anos, simpática com jeito para crianças. Lá nos informou que o Luis teria de fazer neublização para estabilizar a respiração. O local onde a mesma é feita é um corredor de passagem, com bancos daqueles dos liceus antigos, em madeira, bem duros provavelmente para assegurar que nenhum de nós adormecesse por excesso de conforto. No fim passamos outra vez no consultório para novo exame, que foi bruscamente interrompido por duas vezes pois a empregada de limpeza não quis esperar 5 minutos para depois faer o seu trabalho calmamente. Ainda perguntei á medica se aquele tipo de atitude era normal ao que ela timidamente me respondeu que se tentassem dizer alguma coisa ainda era pior.Bem, por fim lá apesar de eu não estar convencida com a estabilização do Luis, lá nos mandou ir para casa. Passadas nem 3 horas lá estavamos nós de volta ao mesmo sítio. As pessoas tinham mudado mas atitude era exactamente a mesma.

Estes são apenas os factos essenciais de uma breve visita ao hospital...a nossa saúde está completamente a saque!