03/10/2007

Direitos Humanos na Birmânia

O movimento internacional de bloggers de apoio à campanha Free Burma/Birmânia/Myanmar (International Bloggers' Day for Burma on the 4th of October) está a recolher adesões e a pedir a todos que nos seus blogs, amanhã dia 4 de Outubro, seja inserido um texto apelando-se à liberdade e ao respeito pelos direitos humanos em Myanmar.
O Pensamentos não ficou insensível a este apelo e registou-se com o nº 2760. A todos aqueles que queiram aderir a este movimento, as inscrições e informações necessárias podem ser aqui recolhidas.

O que está em causa (via Wikipedia):
identificada como sendo de racole

"Uma série de protestos antigovernamentais iniciou-se em Myanmar (antiga Birmânia) em 15 de agosto de 2007, final do verão de 2007, por todo o país, contra a degradação da economia e a situação difícil. Devido a participação de inúmeros monges budistas com suas tradicionais vestes nas manifestações, alguns repórteres se referem aos protestos como "Revolução Amarelo-Laranja" Myanmar, que é um dos mais pobres países asiáticos, cortou subsídios aos combustíveis, o que causou a paralisia do fraco sistema económico. A polícia reprime as manifestações pacíficas de maneira extremamente beligerante. Vários mortos e centenas de prisões é o saldo de uma das políticas mais repressivas dos últimos anos ao redor do mundo."

E ainda (Reuters, via Yahoo!Notícias):
Seg, 24 Set, 06h09
Por Aung Hla Tun

"YANGON (Reuters) - Dezenas de milhares de pessoas se juntaram na segunda-feira à passeata de monges budistas na antiga capital de Myanmar, na maior manifestação contra o regime militar do país desde a violenta repressão a protestos estudantis quase 20 anos atrás.
"Estou muito empolgada e, francamente, estou preocupada também", disse uma professora ao ver a concentração da oposição à junta militar que há 45 anos governa este país de 53 milhões de habitantes, no Sudeste Asiático.
Uma fonte do governo norte-americano disse que o presidente George W. Bush deve anunciar novas sanções ao regime da antiga Birmânia e defender mudanças no país durante seu discurso de terça-feira na ONU.
A União Européia pediu à junta militar birmanesa que demonstre "a máxima moderação" com as manifestações. "Esperamos que o regime use esta oportunidade para lançar um processo de real reforma política", disse uma porta-voz de Javier Solana, chefe da política externa da UE.
Houve protestos em outros lugares de Myanmar. Em Sittwe, cidade de 100 mil habitantes, moradores disseram que era como se toda a população tivesse saído às ruas com os monges. "Nunca vi tamanha multidão na vida", afirmou um morador.
Em Mandalay, 10 mil pessoas, a maioria monges, tomaram as ruas. Houve uma passeata também em Bago, um pouco ao norte de Yangon, maior cidade do país.
A junta militar ainda não se pronunciou desde o início do protesto dos monges, há seis dias, mas ameaça processá-los.
O general Thura Myint Maung, ministro de Assuntos Religiosos, disse a dirigentes do Conselho Estatal dos Monges, segundo uma rádio estatal, que os protestos foram organizados por "elementos destrutivos que não querem ver a paz, a estabilidade e o progresso no país."
Antes, cinco colunas de monges com túnicas marrons, uma delas ocupando mais de um quilômetro, rumou do pagode Shwedagon, principal templo budista do país, até o centro da cidade, onde milhares de pessoas lotavam cinco quarteirões.
Stephen Hadley, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que, além de novas sanções, o governo Bush "vai anunciar uma proibição de vistos a indivíduos-chave ligados às atividades negativas do regime, inclusive seus familiares."
A direcção da ONU divulgou nota pedindo ao governo birmanês que aja com moderação e elogiando o caráter pacífico das manifestações. O secretário-geral Ban Ki-moon pediu à Junta Militar que "aproveite esta oportunidade para se engajar sem demora em um diálogo com todas as partes relevantes para o processo de reconciliação nacional", segundo a nota.

2 comentários:

MariaTuché disse...

Sem comentários...

Muito triste!

Ka disse...

Mariatuché,

É mesmo!!!

Resta-nos pelo menos sermos solidários em pensamento...

Beijossss