31/07/2007

Um Principezinho chamado Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry


Era assim o nome completo da Antoine Saint-Exúpery, o autor do delicioso livro O Principezinho.

Filho do Conde e da Condessa de Fôloscombe, nasceu a 29 de Junho de 1900 em Lyon, França.
Foi aviador de profissão e escritor por devoção. Foi piloto do correio aéreo que na década de 30 voava das possessões francesas na África para Argentina e Chile, fazendo escala em Natal, o ponto sul-americano mais próximo do continente africano. Um dos pioneiros da aviação comercial francesa, organizou as linhas da Patagônia e empreendeu vôos de Paris à Saigon e de New York à Terra do Fogo. Actuou de maneira intensa durante a 2ª Guerra Mundial unindo-se à aviação Aliada em 1942. De espírito audaz, sentia-se melhor do que nunca quando estava no ar e, de preferência, realizando os vôos mais arriscados.
As experiências que viveu em suas missões heróicas, soube transportar para seus livros de maneira profunda. Seu livro mais conhecido O Principezinho é um convite à reflexão para que as pessoas se humanizem, se cativem e se percebam.
Antoine foi oficialmente contra o governo nazista. Quando O principezinho foi publicado em 1943, a França estava ocupada pelo exército alemão. Saint-Exupéry foi muito activo na Resistência Francesa, e seu livro "Flight to Arras" foi proibido na França, ocupada em 1942 pela Alemanha. Então, parece improvável que um soldado alemão iria adquirir uma cópia dos livros de Antoine, mesmo quando surgiu uma tradução para o alemão de O Principezinho em 1944, quando Saint-Exupéry desapareceu.
Exupéry enfrentou problemas delicados de saúde que o impediam de continuar voando. Mas para ele, não voar significava não viver. Contrariando ordens médicas, em 1944 descolou pela última vez rumo ao infinito. Deixou nosso planeta quando seu avião foi derrubado por um piloto alemão.

Numa carta encontrada na sala de Antoine depois que seu avião desapareceu, ele tinha escrito o seguinte:
"Eu não me preocupo se eu morrer na guerra (...) Mas se eu voltar vivo desse 'trabalho' ingrato, mas necessário, haverá apenas uma questão para mim: O que dizer da humanidade? O que dizer para a humanidade?"
Na certa, as edições em alemão de O Principezinho são parte das respostas para sua questão. Alguém tem que mostrar aos Homens o que é realmente importante, em qualquer língua, sendo que a língua e o país realmente não são o mais importante.
Antoine Saint-Exúpery escreveu outros livros nomeadamente o Aviador, Correio do sul, Vôo nocturno, Terra de Homens, Piloto de guerra e Cidadela (obra póstuma)

PS - Terá ficado resolvido o mistério da sua morte quando foram encontrados os destroços do seu avião perto de marselha. Leia aqui

Fontes: Wikipedia
Porque faz hoje 63 anos que morreu...

26 comentários:

Anónimo disse...

para ele, não voar significava não viver

pese o dramatismo que uma postura desta natureza, tenho que concordar que só se deve estar na vida com esta verticalidade, isto é, lutar por aquilo em que acreditamos e fazendo o que nos preenche, nem que para isso tenhamos que pagar uma elevada factura.

Este homem, é o verdadeiro princepezinho de todos nós.

Bom post a recordar algo que não devia passar despercebido.

Francis disse...

muito bem.

Maria P. disse...

Olá! :)))

Maria P. disse...

Adeus!:)))

Ka disse...

Principe irlândes,

De facto há pessoas que conseguem manter a verticalidade das suas opções de vida, de tal forma qe até parece simples ser como eles...mas não é!
Hoje, ao escrever este post lembrei-me da citação do Churchill que pus em post no dia 24.

Beijinho

Ka disse...

Francis,

Ainda bem que gostaste :)

Ka disse...

Maria,

Oláaaaa :))))

Ka disse...

Maria,

Adeuusssss e boas férias :)))))

ps - Não te esqueças de uma do 18 por mim...hehe

MariaTuché disse...

Leio, releio, releio vezes sem conta.

Beijossssssssssss

Morgenita disse...

Já te tinha falado contado a minha opinião, no outro post que lhe tinhas dedicado.
Mesmo sem nos termos encontrado no mundo, foi umas das pessoas que me fez quem sou. Tenho os seus principios sempre dentro do coração.

Bjoca

Ka disse...

mariatuché,

É uma maravilha não é?

Beiiiiijoooooss

Ka disse...

Morgenita,

Que dizer perante tal declaração de princípios?...

Apenas te deixo um :))))))))))))))

Beijinhos

GP disse...

ka
É o livro dos livros. Uma lembrança boa...
Já agoea recomendo-te a leitura do livro publicado nos 60 anos da primeira edição do Principezinho: "Antoune de Saint Exupéry e Consuelo, Um Amor Lendário". Deram-mo no Natal e, como fã de Saint Exupéruy, gostei muito de o ler.

Beijinhos

Maria disse...

O Principezinho é um livro que regularmente compro. Sempre que nasce uma criança na família ou amigos.
Para que mais tarde o possam ler, possam sonhar, e possam ver que o Mundo pode ser melhor...

Beijo

Leonor disse...

uma postura tão fácil de enunciar e nem sempre fácil de manter... Sem sombra de dúvida uma referência na minha vida
um beijinho

Anónimo disse...

Ofereceram-me ‘O Principezinho’ em 1980 com a seguinte dedicatória,
“a força está em ti, procura-a e descobre-a mesmo quando pensares que a encontraste”

Em 1980 a minha vida não corria muito bem, tinha acabado de substituir um problema por outro, lembro-me que li o livro com a cabeça em polvorosa, não o consegui acabar, e curiosamente lembro-me que a única coisa que me ficou retida naquela altura foi a dedicatória.

Mais tarde li-o, e reli-o, e cheguei à conclusão que aquela pessoa que mo tinha oferecido, realmente me conhecia muito bem, e que naquela época conturbada a única coisa que podia ter ficado retida na minha mente era mesmo só a dedicatória.

Acabei por adorar o livro, por todas as mensagens e por se ter disponibilizado na altura certa para ser lido e compreendido, como se de vida própria possuísse.

Em 1980 tinha 18 anos, li-o 2 anos mais tarde, estava no estrangeiro, devorei-o numa viagem de comboio entre horsens e ahrus na Dinamarca…(é uma estória longa, com imensas estórias igualmente longas)

:)

bj

Morgenita disse...

Sua grande malandra!
Como não se não chegasse a Menina do Mar, agora fizeste-me ir buscar o Principezinho novamente!
Obrigada! ;)

Ka disse...

Graça,

Sabes...tenho de fazer um mea culpa ois não li mais livros dele, pelo menos que me lembre. Vou ter de corrigir esta lacuna!!

Beijinho

Ka disse...

Maria,

Devia ser mesmo um livro de leitura obrigatória, para miúdos mas ainda mais para graúdos!!!

Beijinho

Ka disse...

Leonor,

Estou totalmente de acordo! Aliás já tinha comentado isso aqui...parece simples mas não é!

Beijinho

Ka disse...

Jotabê,

Engraçado...de uma forma indirecta o livro fez o seu papel, o papel para o qual tinha sido escrito. :))

Beijinho

Ka disse...

Morgenita,

Enquanto eu fõr responsável por essas recaídas muito feliz fico eu :)))))

Beijinho

Caracolinha disse...

Absolutamente incrível a sua sensibilidade ... ainda hoje, quantas vezes ler o Principezinho, tantas vezes me lavo em lágrimas tal é a forma como a simplicidade me toca ... como disse no meu blog, as grandes joias vêm sempre em embalagens pequenas ...

Beijoquinha encaracolada pa ti e para o teu filho lindo, o Luis das fotos geniais !!!!

A. Jorge disse...

Ainda bem que no meu tempo era obrigatório ler, pelo menos, uma obra de Saint-Exúpery! A mim calhou-me o "Vol de Nuit" que adorei!

Abraço

Jorge

Ka disse...

Caracolinha,

Voltando a falar no rebento, e a propósito deste post, todos os dias me apercebo que nós os adultos temos o dom de complicar o simples. Para as crianças ou é preto ou é branco...não há o cinza!


Beijoca grande minha e do Luis

Ka disse...

a.Jorge,

No teu tempo era obrigatório lê-lo? Que soooorrrrteeeee!

Um Abraço